Rute Lourenço fez revelações graves sobre Pinto da Costa
Ninguém está a salvo. O grande ajuste de contas de Pinto da Costa com recados para as 'ex', o filho e os inimigos

Rute Lourenço Fez revelações graves sobre Pinto da Costa
Aos 86 anos e a lutar contra um cancro na próstata, o antigo líder azul-e-branco está a ultimar um livro de memórias, que promete ser completamente disruptivo. Há segredos que vão ser revelados e muitos (e muitas) já tremem com a derradeira jogada do homem que, afastado da cadeira do Dragão, não vai deixar verdades incómodas por contar.
Ao longo da vida, a ironia foi sempre uma das armas mais famosas de Pinto da Costa, conhecido pelo seu estilo disruptivo e por nunca poupar os inimigos que foi somando no mundo do futebol a uma boa farpa. Ainda assim, a sua ligação ao FC Porto, enquanto figura maior do clube, impediu-o de ir mais além em determinados assuntos, por haver demasiada coisa em jogo. Só que agora essa já não é mais uma realidade.
O abandono das funções de presidente deu ao antigo dirigente desportivo uma leveza maior que, conjugado com a fase delicada que está a viver, ao lutar contra um cancro na próstata, que alastrou, fez com que Pinto da Costa se sentisse impelido a contar algumas verdades, segredos e polémicas que guardou religiosamen
Não será o primeiro livro de Pinto da Costa, mas o segundo. É um livro que já estava praticamente terminado mas que, dadas as circunstâncias de saúde que está a passar e esta proximidade da finitude, ele resolveu anexar mais um capítulo”, contou a nortenha Cláudia Jacques para explicar que o antigo líder portista, de 86 anos, está a escrever um livro de memórias em que ninguém estará a salvo.
Será como que um ‘ajuste de contas’ e, ao mesmo tempo, o abrir de um baú de memórias, que é expectável que aborde alguns dos episódios mais polémicos da sua vida. O FC Porto será, naturalmente, um dos temas fulcrais, mas é de esperar que o antigo líder azul-e-branco ponha também o dedo na ferida, falando de alguns dos seus relacionamentos mais controversos. Na verdade, a vida privada do antigo presidente tem tantas histórias que só essa parte dava um livro bem recheado. Quem não se recorda da mediátia relação com Carolina Salgado, iniciada debaixo da média luz do bar de alterne ‘Calor da Noite’? Foi uma das mais marcantes na vida de Jorge Nuno Pinto da Costa, mas está muito longe de ser a única de um homem que se casou cinco vezes (duas delas com a mesma mulher, Filomena Morais) e viveu sempre intensamente no amor, não obdecendo a convenções nem àquilo que muitas vezes era esperado de si
Tem dúvidas? Convidamo-lo a fazer um pequeno exercício de memória. Ou é um estudioso da vida do nortenho ou duvidamos que se consiga recordar de todas as paixões do ‘presidente’. Nomes como Sílvia Costa ou Liza Silva ainda lhe dizem alguma coisa? Provavelmente não, mas a dada altura elas foram como que Primeiras Damas do Dragão, numa chamada cadeira quente que, durante alguns anos, não chegava a criar teias de aranha.
É pouco expectável que todas estas mulheres sejam recordadas em livro, mas certamente haverá recados para aquelas que lhe ficaram no ‘goto’, como será o caso da brasileira Fernanda Miranda, e, claro, um elogio para as mulheres da sua vida (a começar pela mãe), passando pela primeira mulher, Manuela Carmona, passando pela última, Cláudia Campo, que está ao seu lado nos dias mais difíceis e passando, por exemplo, pela jornalista Maria Elisa, que no passado foi sua namorada, e com quem sempre manteve uma inabalável relação de amizade.
AS GRANDES MÁGOAS DO ‘PRESIDENTE’
A vida de Pinto da Costa não está isenta de desilusões e mágoas. Entre as dores maiores está o facto de ter perdido um dos maiores amigos, confidente, ombro de todas as horas, ‘irmão’, Reinaldo Teles, durante a pandemia. Foi um dos golpes mais duros para o então presidente que foi, de repente, recordado de várias coisas: os seus começavam a cair, aos poucos, aqueles que eram peões do seu reinado sólido iam saindo de cena e a partida de Reinaldo confrontou-o também com a sua própria finitude.
Nas cerimónias fúnebres, Pinto da Costa foi-se abaixo: sentiu-se mal e teve mesmo de ser socorrido pouco antes de o cortejo sair. De lá para cá, entrou certamente numa fase mais descendente em que algumas amizades foram postas à prova – e não passaram no teste – sentiu pela primeira vez o sabor amargo dos ‘lenços brancos’, sofreu um novo abalo familiar ao cortar relações novamente com
Por fora, continuou o mesmo, nunca deu parte de fraco, que não faz parte do seu feitio, mas quando, no último ato eleitoral, foi arredado de funções, o seu mundo abanou violentamente. De todos os males do mundo, este era, provavelmente, o seu receio maior. Perder o FC Porto trouxe desnorte à sua vida e há quem diga que a doença seja só o corpo a dar sinais desta profunda tristeza, de um baixar dos braços que está patente nas mais pequenas coisas
Pinto da Costa, já tinha sido diagnosticado há algum tempo com cancro na próstata, mas as notícias mais difíceis foram chegando ao longo dos úlltimos meses. Com o progredir da doença, é tempo de Pinto da Costa viver a vida com um novo desprendimento: de amar as mulheres que nunca o abandonaram, de mimar os netos, de ouvir fados, ler, ver jogos de FC Porto, mas também de acertar algumas contas. Há quem já esteja a tremer, e há razões para isso, é que no novo livro ninguém estará propriamente a salvo.